Câmara encaminha relatório de CPI sobre transporte público para Semob

17/06/2021

Parlamento já apontava “falta de condições de operacionalização e esrespeito ao usuário”

 

Atrasos, superlotação durante a pandemia, má qualidade na prestação de serviços. Falta de operacionalização financeira e técnica, além de desrespeito ao usuário. Em que pese ser atual, a análise foi feita pela Comissão Parlamentar de Inquérito da “Transparência do Transporte Coletivo” no ano passado. Assim, a Câmara Municipal de Presidente Prudente encaminhou o relatório da CPI ao Poder Executivo diante dos novos fatos: constantes greves e descaso com o trabalhador da concessionária do serviço público.

O ofício assinado pelo chefe do Legislativo prudentino, vereador Demerson Dias, em nome da 18ª Legislatura, foi protocolado nessa quarta-feira (16) na Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Cooperação em Segurança Pública (Semob), endereçado ao chefe da Pasta, Luiz Edson de Souza.

“O relatório é claro ao demonstrar que a empresa Prudente Urbano não tem condições de permanecer operando no município, quer seja financeiramente, quer seja operacionalmente, quer seja em respeito ao usuário”, aponta o documento.

A Câmara ainda aponta que encaminha o relatório “para as medidas necessárias para que esta pasta possa observar na fiscalização, muito além do cumprimento de decretos do Executivo para que usuários sejam transportados sentados, sem aglomeração”.

O relatório final da CPI da Transparência do Transporte Coletivo foi assinado pelo hoje vice-prefeito municipal Izaque Silva (Presidente da CPI), juntamente com o vereador Enio Perrone (Relator) e o ex-vereador Adão Batista (Membro).

Durante o transcorrer das atividades da Comissão, os parlamentares ouviram testemunhas e usuários do transporte coletivo, avaliaram o cumprimento do contrato, além de constatarem presencialmente a lotação dos ônibus da empresa concessionária do serviço público, mesmo durante a pandemia da Covid-19.

Cabe ressaltar que o relatório foi encaminhado ao Poder Executivo em 2020, ou seja, na administração anterior, que não tomou as providências necessárias e cabíveis. “Tirando as medidas de exonerações de comissionados que já ocorreu, e constantes no relatório final da CPI, as demais medidas carecem até hoje de providências urgentes por parte do Executivo”, analisa o ofício com o relatório final encaminhado ao secretário de Mobilidade Urbana e Cooperação em Segurança Pública.